Selo GP - Rodrigo Roreli Laço
Fundação: Francisco Gabriel
Bié Barbosa
Alcance, credibilidade e
imparcialidade, desde 84
ANO 40
Nº 2010
11/03/2024


Colunista
Colunista

GENTE PENSANTE 


- 17/06/2021

VEJA NA EDIÇÃO 1871: NAS BANCAS DE 18/06 A 24/06. DEPOIS, SÓ NA GAZETA. Veja também a crônica deste mesmo colunista da edição 1870 abaixo: 

COMO SABER SE EU SOU UMA PESSOA MEDÍOCRE, COMUM OU GRANDIOSA?

Na varanda da pequena e aconchegante casa colorida, alguns dos irmãos daquela grande família se reuniram, todos de máscara, obviamente. Ao som de música sertaneja de raiz, eles matavam a saudade, atualizando a prosa. Enquanto tomando farto café, cada um falava de suas vantagens financeiras e das escaladas de sucesso de seus filhos - com certo exagero – mas se não fosse assim não seria papo de pais, que colocam lupa nas vantagens dos filhotes. Tirando isso, estava uma conversa agradável, até quando começaram a falar dos filhos dos irmãos ausentes. Disse uma das mais velhas irmãs:

- Vocês ficaram sabendo da última da fulana, filha da cicrana?

O interesse na roda cresceu, como urubus de olhos na carniça, quando ouviu-se um grande, sonífero e coletivo não. Disse, então, aquela irmã, abaixando o tom da voz, arregalando os olhos e avançando a cabeça para o centro da grande mesa. Gesto que foi imitado por todos, com todas as orelhas de pé, como fazem os caninos.

- Nem te conto... Elas não sabem que eu sei, já que eu só fiquei sabendo, porque a madrinha dela me contou...

E, assim, relatou o caso, para deleite dos irmãos ouvintes.

Um dos irmãos mais novos fingiu lamentar a desgraça da irmã e da sobrinha:

- Coitada da fulana, mas essa menina vem dando trabalho para ela, desde pequena. Dou, todo dia, graças a Deus pelos filhos que tenho, porque eles não me dão o menooor trabalho.

Continuaram assim, falando, tristemente, mal da vida dos filhos de outros irmãos ausentes e aquela triste conversa sobre a vida alheia rendeu... Cada hora, uma bomba vinha à tona, menos das vidas deles que, pelo menos ali, por estarem presentes, estavam isentas de qualquer arranhão comportamental, como se isso fosse possível. Mais tarde, já na estrada, voltando pra casa, o marido de uma daquelas irmãs falou pra ela:

- Não gosto, quando você fica falando mal de sua própria família, como sempre fazem os seus irmãos.

Ela estranhou:

- Por quê? Quando a gente não está na roda, pode estar certo que eles vão falar mal é da nossa família. Nunca escapa um...

Ao ouvir aquilo, ele citou um sábio pensamento:

- Medíocres falam de pessoas... Pessoas comuns falam de coisas... Porém, grandes homens falam de ideias!

E você, se enquadraria em qual desses 3 grupos de pessoas?

UMA BOA LEITURA!

O editor GP escreve mais uma crônica: Na dúvida entre tomar ou não tomar a vacina, tome sim!


Mais da Gazeta

Colunistas