Selo GP - Rodrigo Roreli Laço
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ANO 40
Nº 2010
11/03/2024


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ENFIM, SAI O RESULTADO DO CONCURSO SELO GP ANO 40 - 11/12/2023

Procurando um selo para ilustrar a gazeta pará-minense e também com a intenção de prestigiar os artistas locais, surgiu, em 1989, o concurso anual selo GP. A cada ano, o selo vencedor vem estampado à esquerda da 1ª página do jornal, durante um ano, além de estampar as centenas de camisetas comemorativas da noite da camiseta, outro evento GP.

Após as votações dos 4 jurados selecionados pela Equipe GP e a votação de seguidores, por meio do instagram, quem ficou em 1º lugar no concurso do Selo GP Ano 40 foi a artista plástica Josiane Dutra dos Santos, 47, com selo Estação do Pará, totalmente feito à mão. No concurso do ano passado, Josiane ficou com os 2º e 3º lugares, com os selos da antiga Rua Direita e do Patronato. Ao saber o resultado do ano passado, ela disse, desafiando  a si mesma: No ano que vem eu serei a vencedora! E, realmente, foi! Porém, a diferença entre os dois 1ºs  lugares foi de apenas dois pontos. O 2º lugar ficou com o artista plástico Michel Salazar; o 3º, com o bicampeão deste concurso - 2021 e 2022 - o artista plástico Rodrigo Rorelli; e o 4º, com o funcionário GP, o TI - Técnico em Informática, Diego Medina. A reportagem GP conversou com Josiane. Confira.

“Essa pintura que fiz, na verdade, eu não iria enviá-la esse ano, pois eu já havia tirado outros modelos para fazer, mas acabei enviando dois selos, que eu não havia enviado no concurso do Selo GP Ano 39: o, do palhaço Benjamim Guimarães e o vencedor, que é a Estação do Pará. Tudo aconteceu, quando eu estava mexendo nas minhas coisas e achei os dois esboços e decidi finalizá-los,” comemora Josiane.

POR QUE A ESTAÇÃO? - “A minha inspiração veio pelo tempo de existência da Estação do Pará. Afinal, quase ninguém busca por sua história, quando ela foi construída ou o que ela representou para a cidade. A Estação do Pará, também conhecida como Cine, por causa do cinema, foi inaugurada pela Estação Ferroviária de Paracatu/MG, em 1912, mas, segundo a prefeitura de Pará de Minas, foi em 1913 que ela realmente ficou pronta. Os trens de passageiros teriam passado por lá, até meados de 1970, e os cargueiros, até 1987. Em 1988, a estação foi desativada e os trilhos foram retirados, dando lugar para ruas e avenidas. Devido ao processo de urbanização da cidade e aumento de tráfico de veículos, acredito que isso tenha colaborado muito para o fim da passagem do trem por aqui. Com o passar dos anos, a estação passou a ser utilizada para outros fins, como cine-café e até uma balada, que, por sinal, acho bom que, hoje em dia, não exista mais naquele local, pois acabam destruindo esse valioso patrimônio. da cidade. Na minha opinião, ele deveria ser usado de outra forma, diferentemente de como é usada nos dias de hoje. Também gostaria que ele voltasse a ter a pintura antiga. Como o local é bem no coração da cidade, é bom ser usado para fazer exposições. Finalmente, “O que me levou a escolher a Estação do Pará foi por lá já ter sido uma estação de trem e o que o mineiro mais fala é trem, não é? (risos). Aí, pensei: por que não colocá-la, como selo, na GAZETA? Para tanto, utilizei tinta acrílica, para fazer a pintura, após ter feito, primeiramente, o esboço a lápis.”

ALGO MAIS? - “Agradeço muito à GAZETA, porque aqui, em Pará de Minas, nós, que somos artistas plásticos, temos muito pouco apoio, para quem, como eu, está começando. Acho, inclusive, que as exposições da cidade, em geral, deveriam ser mais bem divulgadas, para todos conseguirem participar. Infelizmente, o único lugar, até hoje, que me convidou para fazer uma exposição, me dando a chance de mostrar o meu trabalho foi a GAZETA, por meio de sua bimestral Mostra GP!”


O selo vencedor, que já está estampado na 1ª página desta edição, e ali ficará nos próximos 12 meses e Josiane Dutra dos Santos, 47, a grande vencedora desse tradicional concurso GP: “O que me levou a escolher a Estação do Pará foi por lá já ter sido uma estação de trem e o que o mineiro mais fala é trem, não é? (risos). Aí, pensei: por que não colocá-la, como selo na GAZETA?”

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