Selo GP - Rodrigo Roreli Laço
Fundação: Francisco Gabriel
Bié Barbosa
Alcance, credibilidade e
imparcialidade, desde 84
ANO 40
Nº 2010
11/03/2024


Notícias
Notícias

MORADOR DE RUA VOLTA A MENDIGAR NO SEMÁFARO - 30/11/2017

Um morador de rua, conhecido como Cogema, tem trazido medo à sociedade, ao pedir esmola, de forma agressiva, no semáforo próximo da Ponte Grande. Diante disso, recentemente, ele foi internado na clínica de psiquiatria Galba Veloso, mas depois foi solto, retornando às ruas. Para saber mais sobre o assunto, a reportagem GP conversou com a gerente de saúde mental do Caps Ad, Viviane Cristina Carvalho Teixeira. Acompanhe.

“É importante ressaltar que temos um serviço especializado na abordagem desses pacientes, principalmente os que estão fazendo uso de álcool e outras drogas. Esse paciente tem sido acolhido na nossa unidade, desde 2014. Temos uma equipe especializada pra sentar, discutir, construir cada caso, da melhor maneira possível, quando o paciente acaba aderindo às nossas intervenções. Já foram realizadas oito internações no Cogema, voluntárias ou compulsórias. A internação voluntária é a que o psiquiatra vê a necessidade de intervenção imediata. A compulsória é determinada pelo juiz, que solicita uma avaliação de nossa equipe profissional, um laudo psiquiátrico para que essa internação aconteça, corretamente. A última internação dele foi voluntária e não existe tempo determinado para ela. Ou seja, é a equipe que o acolhe que vai determinar quando ele receberá alta. Assim que ele saiu da internação, o primeiro lugar que queríamos que ele fosse era o Caps Ad como uma forma de dar uma oportunidade de ele se reinserir novamente na sociedade, recebendo um acolhimento. Mas quando ele chegou no Caps, disse que quer mesmo é continuar sendo morador de rua e saiu correndo, deixando para trás a documentação. O Cogema é um caso que sempre estará em construção e o município não vai desistir dele, como paciente. Temos um serviço especial para moradores de rua e, voltamos a frisar, não é necessário dar dinheiro a esses moradores de rua, pois o município tem lugares para acolhê-los. Sobre o uso abusivo de álcool e outras drogas também temos serviços especializados,” alerta Viviane.

ELE TEM FAMÍLIA? - “Estamos sempre em contato com a família dele e na última internação ela esteve presente, deram a opção de que se ele aderisse ao tratamento, eles alugariam uma casa para ele ficar. Ele estava em surto, foi internado, recebeu uma alta psiquiátrica e hoje está em situação de rua novamente, devido a sua escolha. Todo ser humano tem direito de ir e vir e o nosso papel é criar opções para que ele faça essa adesão ao tratamento. Isso nós não vamos parar de fazer, mas não temos solução, apenas estratégias paliativas.”

Mais da Gazeta

Colunistas