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“EU NÃO BRINQUEI DE SER PREFEITO”... - 05/01/2017

A prefeitura e o governo Estado passaram por difíceis momentos financeiros, quando o governo federal não quis liberar recursos para o Estado, por ele estar em situação de inadimplência. Porém, apesar de todas as dificuldades, o ex-prefeito AJ correu atrás e o governo acabou liberando recursos para que ele pudesse pagar, pelo menos, 50% do 13° salário. Para saber mais sobre esse assunto, a reportagem GP conversou com o ex-prefeito. Acompanhe.

“Nós estávamos com muita dificuldade financeira e eu estava aguardando uma liberação de recursos. Havia pessoas reclamando por eu não ter pagado, mas eu só não paguei porque não tinha dinheiro. Onde tinha dinheiro, como é o caso da educação que tinha um dinheiro vinculado, nós pagamos. Mas as pessoas, hoje em dia, não querem entender ou não entendem que alguns recursos que nós recebemos de custeio eu posso pagar folha de pagamento, desde que seja repasse do dinheiro. Se esse recurso vem para a saúde, por exemplo, eu só posso pagar o pessoal da saúde; se vem da educação, só da educação, da assistência social e assim por diante. Como eu recebi um recurso extra, que eu corri atrás até o último dia, felizmente, no dia 27, nós pagamos metade do restante para o pessoal. Infelizmente, a prefeitura só vai teve condições de pagar a metade dos funcionários que não tinham recebido ainda”, lamenta o ex-prefeito.

DE QUANTO FOI O VALOR? - “Dá mais ou menos R$ 1.350.000,00. Sei que 50% não é a solução definitiva, não vai resolver o problema de ninguém, mas, pelo menos, ameniza o problema, já que todos estavam contando com o 13° que ajuda muito, principalmente no final do ano”.

DE ONDE VEIO? - “Esse dinheiro é vinculado do Fundeb e só pode ser investido para pagar os funcionários da educação. Eu não posso pegar dinheiro do Fundeb, por exemplo, para pagar os fornecedores da prefeitura. Nós achamos bom pagar já o salário de dezembro, ao invés de deixar para pagar no dia 5 ou 6 de janeiro, porque aí fico com a conta zerada. Isso, porque, se eu não gastasse esse dinheiro, ainda terei de responder pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Quanto menos problemas eu deixar para o próximo prefeito, melhor”.

QUAL É O VALOR TOTAL? - “Estou entregando a prefeitura bem organizada. Apesar desses 50% do 13° para trás, em compensação, só tem metade da folha de pagamento de dezembro para ser paga em janeiro. Ou seja, isso é ter responsabilidade com a coisa pública. Eu não brinquei de ser prefeito, corri atrás e fiz a minha obrigação. Muita gente pode questionar, pois sempre questionam o que o outro faz, mas isso faz parte do jogo político. Eu consegui pagar em dia e não fiz mais que minha obrigação, apesar de todas as dificuldades. A folha líquida gira em torno de uns R$ 4.000.000,00, mas se você pegar as obrigações, ela pula para quase R$ 7.000.000,00”.

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