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“O PRECONCEITO MATA O CORPO E A ALMA” - 25/08/2016

No dia 25 de agosto, o palco do Grande Papo foi a Escola Estadual Avany Villena Diniz que fica ao lado do Caic, bairro Santa Edwirges, onde o tema debatido foi Preconceitos. Os debatedores convidados pela Comissão Organizadora do Evento foram a psicóloga Nágela Caires e o professor de Inglês, Gabriel Morgado. Após o evento, Após o aberto e esclarecedor debate, aconteceu o sempre esperado Ganha Prêmio com brindes de Algar Telecom, Plena Alimentos, escritor José Pereira da Costa (livro Entre Feras) e da própria GAZETA. Em seguida, uma dupla sertaneja de Igaratinga/MG, formada pelos irmãos gêmeos, Higor e Hugo, fizeram uma afinada apresentação. A reportagem GP conversou com os dois debatedores. Veja primeiramente o que disse a psicóloga Nágela Caires.

“Conceito é aquilo que eu vejo e penso quando eu vejo ou conheço uma pessoa e ele pode ser positivo ou negativo. Exemplo: Ela é isso! Preconceito é quando, baseada nesse meu conceito, eu faço um julgamento dessa mesma pessoa sem conhecê-la, tipo ela é isso e, por isso, ela não pode participar de alguma coisa. Ou seja, é quando cometemos uma discriminação. É como um exemplo que eu dei aqui hoje, no debate, sobre a questão de uma pessoa estudar a noite. Eu poderia pensar: estudar a noite é difícil, porque as pessoas já chegam aqui cansadas. Isso é um conceito. Preconceito, neste caso, seria eu dizer que quem estuda à noite, não aprende, porque está cansado. Essa é a diferença, é o paralelo que eu faria. No mais, é primordial a importância da família na vida de um filho vítima de preconceito, porque ela o acolhe e o apoia. Assim, a chance dela vencer esse momento difícil de sua vida é bem maior do quem não tem esse apoio. Adorei o Grande Papo, porque sou fã dessa questão de perguntas como foi feito aqui e também porque achei muito dinâmico. Foi a 1ª vez que eu participei e eu gostei muito, mas muitas perguntas ficaram sem respostas. Quem sabe a GAZETA não aumenta um pouco o tempo deste evento”?, questiona Nágela. 

IGNORÂNCIA - Veja agora o que disse o professor Gabriel Morgado. 

“O preconceito pode ser entendido como o resultado de juízos pré-concebidos, fruto de falta de conhecimento - pura ignorância - que se manifestam através de atitudes discriminatórias. O preconceito - o não conhecimento - é que resulta em pensamentos e ações como o bulling, LGBTfobia, gordofobia, racismo, elitismo e vários outros. O preconceito velado - aquele que é justificado por uma piadinha ou por um costume - tem o mesmo efeito do preconceito explicito; causa o mesmo estrago. O preconceito mata o corpo e a alma e, por isso, precisa ser combatido com o respeito que só vem do conhecimento e da tolerância. Sobre a perguntas enviadas pelos alunos no debate, me senti bem, mas, ao mesmo tempo, preocupado, porque pude perceber uma carência de informação, sede de explicações de coisas e situações que deveriam ser naturais, mas que ainda são vistas como tabu ou como algo que não se deve falar. Os comportamentos e orientações sexuais (não é opção) como tantas outras continuam sendo vistos pela sociedade como marginais. Por isso, a importância de grandes papos como esse, quando a informação é repassada de forma séria e responsável. Afinal, estamos falando para adolescentes que devem ter um desenvolvimento saudável e livre, a partir da formação que recebem”. 

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