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MAIS DE 5 MIL CASOS DE DENGUE E 3 MORTES - 23/03/2016

 Como faz em toda última 5ª feira do mês, durante o período escolar, esta GAZETA
realizou na Fapam mais um Grande Papo, o 1° do ano e o 210° de sua história, quando o
tema foi o Aedes Aegypti. As debatedoras convidadas pela Comissão Organizadora do
Evento foram a Coordenadora da Atenção Primária, Daniela Cristina de Souza, e Maria
de Lourdes Liguori, da Epidemiologia da Vigilância em Saúde. A abertura ficou por
conta do músico Leonardo Faria que cantou sucessos da M.P.B. e do pop rock nacional
No encerramento, aconteceu o esperado Ganha Prêmio com brindes enviados pela Algar
Telecom, Plena Alimentos, Sibele Alimentos e livros doados pelo escritor José Pereira
da Costa (Entre Feras). Após o evento, a reportagem G.P. falou primeiramente com
Maria de Lourdes Liguori. Veja.
“A fêmea do mosquito é hematófaga; precisa do sangue para sobreviver. Já o macho se
alimenta de seivas e plantas, não sendo hematófago. Ou seja, a fêmea é a única
responsável pela transmissão da doença para o ser humano. De acordo com o sistema de
notificação compulsória, acessados no último dia 28, referente ao período de 1° de
janeiro até o dia 28 de março, foram digitados 1.599 registros nesse sistema. Desses
dados, 952 registros são positivos com dengue e 110 são registros negativos. O restante
ainda estamos aguardando resultado. Como estou tendo, todos os dias, novos casos de
dengue, não é possível fecharmos os dados e sabermos se há ou não uma epidemia. Só
podemos ter uma noção clara de quanto que foram os números totais e reais com
sintomas do diagnóstico, na hora em que tiver realmente terminado a alta transmissão
do vírus, pois esse número cresce a cada dia”, resume Lourdinha, como é mais
conhecida.
CASO ALARMANTE – Essa foi a fala oficial gravada, após o debate, mas, durante o
evento,  questionada pelo editor G.P., Lourdinha disse que se uma doença atinge de 2 a
3% da população já é considerada epidemia. Disse mais: que se considerar os números
de casos ainda não digitados no sistema, Pará de Minas já tem, aproximadamente, 5 mil
casos de dengue. Ou seja, 5,55% da população, considerando que o município tem hoje
em torno de 90 mil habitantes. Portanto, quase o dobro do percentual necessário para
considerar epidemia no município. Foi revelado também que a cidade já tem registrado
3 mortes por dengue, sendo que uma delas (uma menina de 9 anos) foi mostrada por
esta GAZETA.  
BAIRROS E ÍNDICES – Leia agora o que disse Daniela Cristina de Souza à
reportagem G.P., após o debate, desmentindo o que se diz pela cidade de que o bairro
São José é o que tem apresentado maior número de focos de dengue em suas
residências.
“Em Pará de Minas, os bairros com maiores índices de casos notificados são Grão Pará,
São Pedro e J.K., aquela região do Padre Libério e Walter Martins, além da região do
bairro Dom Bosco. Esses números variam muito durante as semanas, principalmente as
ações que são realizadas como mutirões, U.B.V. leve e pesado, que acaba interferindo
na questão dos focos e até diminuindo a incidência dos casos. Distinguir a picada de um
mosquito Aedes Aegypti de um mosquito comum não é possível, porque ele é menor
que o pernilongo, tem picada indolor, não deixa sinal e não causa coceira. No mais,
achei ótima essa oportunidade que tivemos no Grande Papo para trazer para a
comunidade como funciona a Rede Municipal de Saúde, como ela está organizada e
quais as ações no combate a dengue”, agradece Daniela.

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