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O PETRÓLEO É NOSSO! E O POVO COM ISSO? - 25/09/2007

O brasileiro ouve e lê, desde 1947, que o petróleo é nosso. A frase, de autoria do professor Otacílio Rainho, diretor do Colégio Vasco da Gama/RJ, sustentou o proselitismo dos nacionalistas que levaram o 2º governo de Getúlio Vargas a criar a Petrobras, em 1953, com a finalidade de deter e administrar o monopólio estatal da exploração, refino e transporte do petróleo. Essa exclusividade durou 44 anos, até que o presidente Fernando Henrique Cardoso a revogou, em 1997, abrindo o setor para empresas privadas, tanto nacionais quanto estrangeiras. A estatal foi criada exatos 89 anos depois que o Brasil emitiu a sua 1ª licença para a exploração de petróleo. Foi resultado de enormes lutas econômicas, políticas e ideológicas que produziram, entre outros efeitos, a famosa prisão do escritor Monteiro Lobato (que defendia a exploração do petróleo em nosso subsolo), no ano de 1941. Nacionalistas, entreguista, aproveitadores e outros segmentos sócio-econômicos degladiaram-se e festejaram a constituição da empresa que, segundo se dizia, resolveria muitos dos problemas brasileiros. Ao longo de sua existência, a Petrobras foi bandeira política de todos os governos, independentemente da ideologia. Muitas inaugurações, com embargados e fantasiosos discursos, serviram de argumentos para campanhas eleitorais e o narcisismo dos governantes de plantão em diferentes épocas. Sem qualquer dúvida, o Brasil construiu uma empresa petrolífera digna de orgulho. Mas é bem verdade que o povo, seu verdadeiro financiador, até hoje, pouco ou nada se beneficia, pelo menos diretamente, com sua lucrativa atividade. Desde o governo Jânio Quadros, que decretou um brutal aumento no preço para fazer frente

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