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ANO 40
Nº 2010
11/03/2024


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2012 - Jornal apresenta o Pai do Ano - 10/08/2012

Como tradicionalmente acontece, todos os anos, desde 2002, essa GAZETA apresenta aquele que foi escolhido para ser o Pai do Ano, quando a Equipe GP analisa cuidadosamente todos os currículos que chegam à redação do jornal. Este ano, o pai escolhido foi o pará-minense Paulo de Abreu Leite, 76, economista e contador pela UFMG, casado com a colunista GP de culinária GP, Ana Aurora, com quem tem 4 filhos (Eduardo, Marcelo, Ana Paula e Pauliana) e 8 netos (Jade, Luana, Bento, Ian, Nina, Mariana, Carol e Beatriz). Veja agora o e.mail enviado ao jornal por sua filha Ana Paula que o inscreveu neste concurso GP. PORTO SEGURO - “Hoje, resolvi abrir o bau. Vez em quando, faço isso. Nossa, como meu pai era novo, quando eu nasci. Cabelos completamente negros e que cara de orgulho! Acho que alguns homens nascem, acima de tudo, para ser pais! Não sei bem quando passei a dormir sem as histórias dele. Tão fortes na minha memória, quanto aquela rua que ele ia mandar ladrilhar com pedrinhas de brilhante... no embalo da rede. “Mais alto, pai!” Mas alto mesmo era a roda gigante dos parques de diversão que visitavam nossa cidade. Nela, ele ia com gosto! Uma mão apertada contra a dele e na outra uma maçã do amor. Pena que a casquinha acabava tão rápido... sempre antes da roda parar de girar. E quando o circo chegava? Elegantemente, ele enfrentava a fila dos ingressos. E lá vêm os palhaços! Hora daquele rosto sério se desfazer em lágrimas, de tanto rir, muito mais que eu e meus irmãos. Mas na hora do Jornal Nacional não valia um pio. Não valia também falar mentira, palavrão e nem irmão ficar brigado com irmão. Mexer no que não é seu ou abrir a geladeira na casa dos outros, nunca. Estudar é coisa séria e está em 1º lugar, mas pode escolher a profissão que quiser. Já casar, só por amor. A tranquilidade de uma cidade pequena vale mais que muito dinheiro. Aí, eu adolesci e quis fugir de casa. Hora de sentar no sofá e escutar a história de Robinson Crusoé: um homem precisa de outro e para conviver em paz existem regras. Os mais velhos merecem respeito e as crianças muito cuidado! E pelos filhos, vale até ir à praia, mesmo que o desejo seja a areia virar grama e o mar, água doce. Eu cresci e os cabelos do meu pai ficaram brancos. Ele deixou de ir à praia... e nós continuamos... com sua forte presença de porto seguro”. QUEM É ELE? - Com exclusividade, a GAZETA apresenta agora um pouco da exemplar história do pai Paulo Abreu, o Paulinho, como é mais conhecido. Não deixe de ler. “Trabalhei como gerente na Caixa Econômica Estadual e também como professor. Trabalhava como bancário, porque tinha uma família para sustentar, mas a profissão que eu dedicava por amor era realmente a de professor. Fora isso, como economista, fazia trabalhos de consultoria na cidade, em diversas empresas”, conta Paulinho. A FAMÍLIA - “Conheci a Ana, em 1958, através de um amigo que a namorava. Quando os 2 terminaram, eu comecei a namorá-la e foi uma coisa bem natural (riso). Daí, a gente namorou 4 anos e se casou. No próximo janeiro, vamos comemorar 50 anos de casados. Por ela, eu tenho um carinho muito grande, porque, se na vida eu consegui atingir meus objetivos e ideias, devo tudo isso, com toda certeza, à participação sempre firme e somatória da minha esposa, Ana Aurora. Sobre os meus filhos, eduquei todos eles, através do diálogo. Conversei com cada um deles, quando eles entraram na adolescência, orientando sobre o caminho que eu achava melhor para eles seguirem. Com isso, consegui que todos eles tivessem um curso superior. Eduardo e Marcelo são engenheiros civis, Ana Paula, Relações Públicas, e Pauliana, pedagoga. Tenho certeza de que trabalhei bem na educação dos meus filhos. Hoje, todos são casados e nenhum deles tem me dado qualquer desgoto. Minha satisfação com eles é muito grande. A família é a celula de uma sociedade. Só teremos uma sociedade sadia, se ela for composta por famílias sadias. As famílias, logicamente, têm que procurar viver em harmonia. Pais e filhos têm de estar sempre em harmonia”. A VIDA - “Viver é cumprir uma missão. Estamos no plano terrestre para cumprir uma missão e devemos procurar cumprí-la, da melhor maneira possivel, fazendo o bem e procurando ser feliz; fazendo com que aqueles que estão ao nosso redor sejam também felizes, pois a felicidade só existe, quando você vive em torno de pessoas felizes.”.

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