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PARÁ-MINENSE NA GUINÉ EQUATORIAL Com o pé na África - 17/04/2009

Receber uma proposta de trabalho de uma grande empresa, através da internet, para trabalhar no exterior é um dos maiores sonhos de muitos jovens brasileiros. E, acredite, foi exatamente isso que aconteceu na vida do jovem pará-minense Marcos Aurélio do Amaral Santos, 23, filho de Marta Helena Amaral e do diretor da Escola. Estadual Fernando Otávio, vereador Marcos Aurélio dos Santos. Desde outubro do ano passado, ele está morando na África, mais precisamente na Guiné Equatorial, após disponibilizar o seu curriculum em um site, para consulta de empresas. A reportagem GP entrou em contanto com Marcos que contou para a GAZETA, com total exclusividade, tudo sobre a sua experiência naquele continente. Vale a pena conferir. 1ª IMPRESSÃO - "Desde o início de 2008, eu mantinha na internet o meu currículo em um site de oportunidades em tecnologia e, no fim de setembro do mesmo ano, entraram em contato comigo, para participar de um processo seletivo para uma oportunidade em Tecnologia da Informação, na África. Então, fui até a empresa realizar os testes práticos e, uma semana depois, me ligaram dizendo eu que estava entre os 3 selecionados, para fazer os exames psicológicos e médicos. Uma semana depois dos exames me ligaram perguntando se eu realmente tinha interesse de vir para a África, porque eu tinha sido o selecionado. E assim, no dia 22 de outubro cheguei no continente africano... confesso que a minha 1ª impressão não foi das melhores, mas isso é normal. Afinal, existem diversas diferenças entre a cultura africana e a nossa." NO MEIO DA SELVA - "Entrei na empresa especificamente para essa oportunidade na África. Trata-se de uma grande empresa brasileira de construção civil (Grupo ARG) e uma das empresas que estão construindo a nova capital da Guiné Equatorial (a capital atual é a ilha Malabo). Está sendo uma experiência única, porque, além de ser minha 1ª experiência profissional no exterior, é muito gratificante poder participar do processo de desenvolvimento de um país africano. Já conseguimos colocar antenas de telecomunicação no meio da selva, para comunicação celular com abastecimento solar, internet e tv, via satélite, onde surgiu a oportunidade de conhecer um país vizinho da Guiné Equatorial, Camarões, através da busca de parcerias. Além disso, temos tarefas de interagir entre os sistemas da empresa, no Brasil e na África. A empresa nos fornece toda estrutura de casas, restaurante, ambulatório médico, etc. Antes mesmo de começarem as obras, a empresa constrói toda essa estrutura para as pessoas que vêem trabalhar aqui, pois fica praticamente no meio da selva. Ficamos em uma província chamada Wele-Nzas a 180KM da maior cidade continental do país, Bata." DITADURA - "Assim como a grande maioria dos países africanos, a história da Guiné Equatorial revela momentos tristes de luta e muito sofrimento. De colonização espanhola, esse país conseguiu sua independência em 1968. No início de 1996 foi descoberto petróleo no continente e, junto com ele, veio a oportunidade de desenvolvimento, sendo hoje o 3º maior produtor de petróleo da África, ficando atrás apenas da Nigéria e Angola. O dinheiro circula em sua maioria nas mãos do presidente, de seus parentes e de pessoas de sua confiança, além das grandes empresas que trabalham no país. Para se ter uma idéia, o presidente é hoje o 8º governante mais rico do mundo, ficando atrás apenas de alguns outros ditadores, como Fidel Castro. Como na grande maioria dos países africanos, a corrupção existe, tanto no governo, quanto nas pessoas." POBREZA E AIDS - "Antes de vir pra cá, sabia que era um continente extremamente rico em recursos naturais, mas com um povo muito pobre. Mas quando se vê a realidade dessas pessoas de perto é um pouco mais chocante. Estou em um continente que está crescendo a cada dia e muitos conceitos estão sendo modificados... Meu papel aqui vai um pouco além de um profissional que simplesmente quer trabalhar e ganhar dinheiro. Há muito que aprender e muito também a agregar na vida dessas pessoas. Praticamente não há saneamento básico no país, o que faz com que se necessite ter bastante atenção com relação

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