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É PRECISO USAR MÁSCARA NESTA VOLTA DA COVID? - 25/11/2022

Nos últimos dias, todos os noticiários do Brasil voltaram a divulgar um aumento considerável nos casos de Covid-19 no país. Para saber como está a atual realidade em Pará de Minas, a reportagem GP ouviu a enfermeira e referência técnica da secretaria de saúde, Ana Clara Teles Meytre. Confira.

“Frente a esses novos questionamentos e diante de um cenário epidemiológico em alguns pontos do pais, a secretaria de saúde achou importante trazer alguns esclarecimentos a respeito da Covid-19. Antes de mais nada, continuamos o monitoramento, por meio das equipes de combate à Covid, fazendo levantamento dos casos positivos, bem como isolando os casos necessários, além de encaminhar aqueles que têm sinais de gravidade, para pontos de atendimento mais complexos. No dia 23 de novembro, tínhamos 28 casos positivos, todos com sintomas leves e sendo acompanhados em casa. Portanto, não tivemos registro de casos graves ou de óbitos,” informa Ana Clara.

MAIS VACINAÇÕES? - “Mesmo com um baixo número de casos, é importante que utilizemos esse momento para falarmos sobre a imunização. Hoje, em Pará de Minas, temos a imunização ainda acontecendo e é importante que as pessoas, que ainda não receberam todas as doses da vacina, procurem a unidade mais próxima para completar a sua imunização. * A 1ª e a 2ª doses estão disponíveis para as crianças maiores de 3 anos; * a 1ª dose de reforço para pessoas com mais de 12 anos; e * a 2ª, para pessoas com mais de 40 anos. Importante falarmos que cada vacina tem um intervalo vacinal nesse esquema, com as doses de reforço devendo ser aplicadas com 4 meses de intervalo, no mínimo. * Para os imunocomprometidos, de 12 a 17 anos, temos quatro doses disponíveis e para os imunocomprometidos acima de 18 anos ou mais, temos 5 doses. O Ministério da Saúde considera nesse grupo: * pessoas com imunodeficiência primária grave; * pessoas que recebem quimioterapia; * transplantados de órgãos sólidos ou de células tronco; * pessoas que fazem uso de drogas imunossupressoras; * pessoas vivendo com HIV/Aids; * pessoas que fazem uso de corticoides em doses maiores ou iguais a 20MG/dia por um período igual ou maior a 14 dias ; * uso de algumas drogas modificadoras da resposta imune como o metotrexato e a azatioprina, entre outros; * pessoas com doenças autoinflamatórias; * pessoas com doenças intestinais inflamatórias; * pessoas que fazem processo de hemodiálise; e * pessoas com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas. Além do grupo dos imunocomprometidos, temos orientações para a vacinação das crianças de 6 meses a 2 anos, com comorbidades. Elas serão vacinadas com a vacina Pfizer Baby e serão três doses aplicadas, com um intervalo de 4 semanas entre elas. Essa vacinação começará nas próximas semanas.”

ESTÁ BAIXA A COBERTURA VACINAL? - “Com relação à cobertura vacinal publicada pela Secretaria Estadual de Saúde, no dia 17 de novembro, ainda apresentávamos uma cobertura aquém da desejada. * Para a 1ª dose, que é o público maior de 3 anos, estamos com 89% de cobertura; * para a 2ª dose desse mesmo público, estamos com 85,7% de cobertura; * para a 1ª dose de reforço ou 3ª dose, que é para o público com mais de 12 anos, estamos com apenas 62,17% de cobertura; * para a 2ª dose de reforço ou 4ª dose, que é para o público maior de 40 anos, temos apenas 42,6% de cobertura; * para a 1ª dose pediátrica, para as crianças de 3 a 11 anos, temos só 58,8% de cobertura; e * a 2ª dose pediátrica, para esse mesmo público, temos 38% de cobertura, o que é muito baixo.”

TEM DE USAR MÁSCARAS? - Em relação a utilização das máscaras, como equipamento de proteção individual, temos duas situações, que são o uso obrigatório e o uso recomendado.

Ou seja, o USO OBRIGATÓRIO é para aquelas pessoas que apresentem sintomas gripais, independentemente do resultado do teste. E para as pessoas que tiveram resultado positivo, apresentando ou não sintomas gripais.

Já o USO RECOMENDADO é os para pacientes com comorbidades, de acordo com o grupo de risco estabelecido para o agravo da covid, como as pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, pessoas com cardiopatias graves ou descompensadas; pessoas com pneumopatias graves ou descompensadas; pessoas com imunocomprometimento; pessoas com doenças renais crônicas, principalmente nos estágios mais avançados dos graus III, IV e V; pessoas com diabetes mellitus; pessoas com doenças cromossômicas com estado de fragilidade imunológica; pessoas com doenças hepáticas em estado avançado; pessoas com obesidade, com IMC - Índice de Massa Corporal igual ou maior a 40; pessoas com hipertensão arterial resistente ou no estágio III ou pessoas que estejam nos estágios I e II, mas que apresentem lesão em órgão alvo; pessoas não vacinadas; e profissionais e trabalhadores da saúde, enquanto estão no ambiente de trabalho.


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