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ANO 40
Nº 2010
11/03/2024


Colunista
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GENTE PENSANTE - 25/09/2020

O editor GP escreve mais uma crônica: O colecionador de antiguidades, o vidro quebrado e as crenças populares

VEJA NA EDIÇÃO 1834: NAS BANCAS DE 25/09 A 01/10. Veja também a crônica deste mesmo colunista da edição 1833 abaixo:

AME PARÁ DE MINAS DE BOCA CHEIA E NÃO APENAS DA BOCA PRA FORA 

Não basta ficarmos dizendo, na teoria, que a gente ama Pará de Minas! Precisamos, também, amar esta cidade na prática. Quando esta GAZETA foi fundada, Pará de Minas tinha acabado de completar 125 anos e eu não me esqueço do que me disse um velho professor do curso de jornalismo e publicidade da UFMG, onde eu havia me formado. Ele me desejou boa sorte, dizendo que, se o jornal desse certo aqui que eu deveria, publicamente, demonstrar gratidão à minha terra natal. Um ano depois deste jornal ter sido inaugurado, eu falei para mim mesmo:

- Acho que está na hora de mostrar a minha gratidão a Pará de Minas!

Aí, criei o evento Grande Papo, sem fins lucrativos, onde eu passaria conhecimentos aos jovens estudantes, tão ávidos por informações, por meio de debates sobre as coisas que eles queriam saber, como sexualidade, repressão, gravidez na adolescência, etc.. Esse foi o meio que o jornal encontrou para retribuir a cidade que acolheu a minha empresa. Passei a participar, portanto, não só de seu crescimento, que é econômico, mas também de seu desenvolvimento, que é cultural. Mais adiante, com o GP Jornal, mais solidificado ainda, eu senti que precisava devolver um pouco, dessa vez mais para o lado social, do que o jornal faturava aqui. Pensando assim, surgiu a ideia de fazer outro evento filantrópico: o Garra Profissional, quando, em uma única noite anual, o jornal passou a arrecadar em torno de 400KG de alimentos não perecíveis. Como na época eu tinha 4 filhos, entre adolescentes e crianças, eu me preocupava muito que algum deles pudesse se envolver com drogas, ficando dependente. Pensando assim, comecei a enviar os donativos arrecadados para as fazendinhas que trabalham a recuperação de dependentes de álcool e drogas. Cada ano para uma delas. 

Mas por que eu estou dizendo tudo isso, na edição em que se comemora os 161 anos de Pará de Minas? Na verdade, quero dizer que não basta amar Pará de Minas, da boca pra fora. É preciso amá-la de boca cheia, mostrando gratidão a ela, por meio de ações culturais e/ou sociais. Já pensou se cada empresário, além de fazer crescer o seu negócio aqui, investisse, de maneira constante, um pouco que fosse, para não só crescer, mas também desenvolver esta cidade? Afinal, crescimento é uma coisa e desenvolvimento é bem outra. Claro que não poucos empresários já fazem isso, mas precisamos mais. É preciso que todos nós, empresários, mostremos gratidão a esta cidade que abriga nossas empresas e sustenta nossas famílias! Aí sim, teríamos uma cidade grande, não só no tamanho, mas também mais próxima da sabedoria geral e da igualdade social! Concluindo, não tenho como negar que amo Pará de Minas nestes seus 161 anos de crescimento. Porém, quero amá-la, ainda mais, vendo a minha terra natal plenamente desenvolvida em sua cultura e com a diferença social, entre empoderados e assalaridos, cada vez mais, menos gritante.

E você, ama Pará de Minas só da boca pra fora ou ama mesmo, de boca cheia? Uma boa leitura!

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