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O sindicato não fará mais festas na cidade? - 29/11/2018

O presidente do Sindicato Rural Patronal de Pará de Minas, Eugênio Diniz, encaminhou um ofício à prefeitura e à câmara, informando que não pretende mais organizar festas de grande porte na cidade, dentro das atuais normas. Por meio de um documento de duas páginas, a entidade deixa claro que não pretende continuar à frente de eventos, como a Expô Pará e a Festa do Frango e do Suíno. Eugênio disse ainda que a entidade está à disposição para desenvolver um projeto, junto com as autoridades, que atenda aos anseios da cidade e do público, traçando diretrizes inovadoras e pertinentes ao cenário atual. A reportagem GP conversou com ele. Informe-se.

“Fizemos uma avaliação sobre os eventos que a gente tem feito no parque de exposições e é preciso ter uma mudança. Poucas pessoas sabem, mas em Minas Gerais, todo parque de Exposições é de propriedade dos sindicatos rurais. Pelo visto só o de Pará de Minas e Cláudio/MG pertencem à prefeitura. Aqui, estamos com um modelo de festa há vários anos. Alguns, muito bem sucedidos, outros não. Agora, eu informei ao Executivo e ao Legislativo que temos que alinhar, ajustar e que a sociedade tem que dar a sua opinião sobre o que ela acha dos eventos, para gente poder continuar realizando,” justifica Eugênio.

O MODELO CADUCOU? - “O modelo que a gente realizava é um modelo arcaico, que não funciona mais, que atende o mínimo possível de um bom evento. Recebo várias críticas e pedidos de situações que eu acho interessante e todo administrador, que seja inteligente, tem que transformar as críticas em realidade. É preciso continuar fazendo os eventos, mas nesse formato antigo não é mais do nosso interesse. Não dá! Precisamos mudar esse modelo, precisamos de mais apoio do Executivo e Legislativo e precisamos também que a Ascipam opine, pois o comércio faz parte disso. O que eu mais quero é parceria, tipo vamos fazer juntos, com um estatuto assinado. Eu quero a regulamentação, pois quando é o sindicato que faz um evento, ele é obrigado a tudo e, quando são outros e até quebram algo eles não são obrigado a nada. Então, é preciso de um estatuto, pois o parque é um patrimônio da cidade e as regras têm de ser iguais para todos.”

BARCO ABANDONADO - “Fizemos essa comunicação antecipada, para que, no ano que vem, caso eles queiram fazer com outros realizadores, que tenham tempo hábil para isso e não digam que a gente abandonou o barco. Estamos à disposição para o diálogo, para um debate sério e quem sabe até a realização de uma Audiência Pública, onde as pessoas dêem suas opiniões, a associação comercial participe junto, falando sobre o comércio. Vamos repensar o que é cavalgada, o que é uma exposição agropecuária, o que é uma festa do frango e do suíno e realizá-la, o melhor possível. Para isso, é preciso que os poderes estejam alinhados com todo mundo querendo que isso aconteça, pois, infelizmente, nós não estamos num momento de arriscar, com achismos (acho isso, acho aquilo). Tem muita gente que critica sem ter direito de criticar. Geralmente, essas pessoas são as que não fazem nada e só falam bobagens. O parque precisa de um estatuto de uso. Há dois anos, fizemos um investimento lá de quase duzentos mil reais, protocolado na prefeitura, para quem quiser ver. Fizemos reforma de banheiro, pintura e parte elétrica. Porém, toda vez que vamos fazer uma nova festa já furtaram toda a parte elétrica e temos que fazer de novo. Não tinha também projeto definitivo exigido pelo Corpo de Bombeiros e o sindicato fez e já foi aprovado. Enfim, temos muito capital investido lá.”

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